Considerada a segunda festa brasileira mais popular no Brasil

Com traço marcante da cultura popular brasileira, as festas juninas, tem sua formação histórica ligada ao sincretismo entre sua origem pagã e a celebração de santos católicos.
As festas juninas chegaram ao Brasil através da colonização portuguesa, e, marcam um ciclo de festividades para celebrar três santos importantes para Portugal e para o cristianismo ocidental: Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29).

As celebrações, no entanto, devem ser compreendidas num cenário maior de apropriação de festas pagãs pelo calendário da Igreja Católica.
Segundo Christian de Oliveira:
“A Igreja Católica se apropria de festas pagãs, das festas judaicas às indígenas”.
Importante notar que as festas juninas, no Brasil, receberam influências temporais e regionais, apresentando atualmente, de forma diferente em cada região do país. É na decoração, nas comidas típicas, nos ritmos e danças, dentre outras particularidades, que se diferenciam de acordo com a região do país.
No que tange a afamada quadrilha, inicialmente, era um conjunto de danças com cinco partes, cada uma com ritmos e músicas diferentes, derivadas das danças palacianas, trazidas para o Brasil pela corte portuguesa a partir de 1808.

Com o advento da República em 1889, foi criado o termo “festa junina” como uma forma de identificação nacional da festa no Brasil.
Segundo Alberto Ikeda: “O que restou da quadrilha no Brasil foi o último movimento deste conjunto de danças palacianas, que era uma polka”.

Historicamente, os ritmos que ficaram marcados como juninos foram a polka e a marcha. Com o passar do tempo, o forró passou a ganhar mais espaço nas festas juninas do Brasil.
Ainda segundo Ikeda: “os ritmos e danças mais populares, se alteraram ao longo dos anos – Um fenômeno atual é a abertura das festas juninas para outros gêneros musicais que não o forró ou as marchas juninas”.
Trazendo essa tradição para a música de concerto, encontramos vários compositores brasileiros que se inspiraram nesses ritmos e compuseram obras lembrando a tradição das festas juninas.
A fogueira é recorrente em Festas Juninas pelo Brasil. O compositor carioca Lorenzo Fernandes (1897 – 1948), compôs em 1935 “Recordações da Infância” uma suíte para jovens pianistas: 1. Caminho da Serra; 2. Na Beira do Rio; 3. Fogueira de São João.

Ouviremos a Fogueira de São João, interpretada pela pianista Carla Reis, disponibilizada pelo Instituto Piano Brasileiro – IPB
Observe! Essa obra, tão simples, consegue remeter a memórias afetivas relacionadas às fogueiras das tradicionais festas jun
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