Piazzolla incorporou elementos de jazz à sua música, criando as primeiras referências de um “nuevo tango”, verdadeira revolução na música argentina encontrando, na época, hostilidade de críticos e plateia.
O compositor e bandoneonista argentino Astor Piazzolla (1921 – 1992) viveu com a família em Nova York, estudou na Argentina com Alberto Ginastera (1916 – 1983) e em Paris com Nádia Boulanger (1887 – 1979). Piazzolla incorporou elementos de jazz à sua música, criando as primeiras referências de um “nuevo tango”, verdadeira revolução na música argentina encontrando, na época, hostilidade de críticos e plateia.
Embora tenha sido reverenciado no campo da música popular; do jazz; da música sinfônica, durante muito tempo, sofreu críticas principalmente na Argentina. A razão destas críticas se deve à Piazzolla ter inovado justamente no Tango, gênero que tinha recebido o “status” de referência da nacionalidade local, uma identidade argentina, e que, portanto, para muitos, deveria ser intocado.
Foi longe da Argentina, entre Nova York, Paris e Milão que Piazzolla absorveu as influências do impressionismo francês, do contemporâneo atonal e o improviso do jazz para incorporá-las na língua harmónica do “novo tango” criando suas primeiras obras-primas, sendo reconhecido em todo o planeta com um grande compositor.
Hoje a Argentina também o reconhece como herói. Atualmente o Centro Astor Piazzolla, em Buenos Aires, fundado em 1995, é voltado para a divulgação e promoção de sua obra.
Veja como o tango é denso, dramático e emocionante. Apesar de poucos acordes em sua harmonia, o tema é extremamente inspirado e envolvente, com um ritmo forte e marcante. Observe uma obra regada de requinte erudito, tradição, transgressão e flexibilidade. É mesmo extraordinário!
Boa audição!
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