PIXINGUINHA

“Estamos diante do maior músico popular que já tivemos em todas as épocas”

Compositor emblemático da música popular brasileira, Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha (1897-1973), foi um músico brasileiro, autor da música “Carinhoso”, em parceria com João de Barro. Arranjador, instrumentista e compositor, um dos maiores representantes do “choro” brasileiro.

O apelido “Pixinguinha” foi resultado do nome colocado por sua avó Edwiges, africana de nascimento, derivado do dialeto natal, “Pizindin” que quer dizer: MENINO BOM, que depois virou Pixinguinha.

 As primeiras lições de flauta foram dadas pelo pai, Alfredo da Rocha Vianna, Aos oito anos quando a família foi morar em um casarão, na Rua Vista Alegre, logo apelidado de “Pensão Viana”, pois estava sempre cheio de gente.

PIXINGUINHA

Com 12 anos Pixinguinha já dominava os conhecimentos de teoria musical. Nessa época, tocava flauta, cavaquinho e bandolim, mas sonhava com uma clarineta de sons agudos.

Na década de 40, Pixinguinha trocou a flauta pelo saxofone e se interessou pelo jazz. Tornou-se amigo de Louis Armstrong sem deixar de ser o senhor absoluto das rodas de choro.

PIXINGUINHA e LOUIS ARMSTRONG

Pixinguinha teve uma movimentada e eclética carreira musical.  Em 1962, teve como parceiro Vinicius de Moraes na trilha sonora do filme “Sol Sobre a Lama”. 


PIXINGUINHA e VINICIUS DE MORAES

Segundo o Jornalista Lúcio Rangel:

“Em todas as suas manifestações de arte, Pixinguinha revela-se admirável, o que nos leva a afirmar, com toda a serenidade, estamos diante do maior músico popular que já tivemos em todas as épocas”

Lamentavelmente, em 1964, sofreu um infarto. Curiosamente, enquanto esteve internado compôs vinte músicas, uma por dia, entre elas, as valsas: Solidão, Mais Quinze dias e No Elevador

Pixinguinha disse:

“Hoje só quero saber de sossego e de viver em paz com todo mundo. Tenho medo que a morte me apanhe de surpresa”.

PIXINGUINHA

 Pixinguinha faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1973, mas sua obra o mantem vivo.

 “Rosa”, uma das mais belas canções da história do choro, tanto na versão original, sem letra, quanto na versão mais conhecida, com letra de Otávio de Souza.

“O autor dessa letra é Otávio de Souza, um mecânico do Engenho de Dentro, bairro carioca, muito inteligente e que morreu novo.”(Pixinguinha)

Segundo Pixinguinha, a valsa foi composta em 1917 e o título original era “Evocação”, só recebendo letra muito mais tarde. Conta à lenda que Souza aproximou-se de Pixinguinha enquanto o mestre bebia em um bar do subúrbio carioca para falar que havia uma letra que não saía de sua cabeça toda vez que ouvia a valsa, e, Pixinguinha assim que ouviu ficou realmente maravilhado!

PIXINGUINHA

A gravação feita por Orlando Silva (1915-1978), com uma interpretação magistral, foi responsável pela popularização de “Rosa”.

A gravação que iremos ouvir é do Sexteto vocal ORDINARIUS. Com arranjo do diretor musical do grupo, Augusto Ordine. “Rosa” é executado à cappella (sem acompanhamento instrumental), pelos músicos André Miranda, Augusto Ordine, Letícia Carvalho, Luiza Sales, Maíra Martins e Marcelo Saboya.

Observe a riqueza desta intepretação com arranjo primoroso e vozes soando como verdadeiros instrumentos.  Vale a pena conferir!

*Depois, deixe seu comentário e vamos papear também nas redes sociais!

5 comentários em “PIXINGUINHA

  1. Olá Gyovana! Parabéns por suas matérias! São enriquecedoras e muito bem elaboradas. Será que eu poderia utilizar alguma no Portal Conexão Escola, para os alunos da Rede Municipal de Educação de Goiânia? Um abraço!
    Madá!

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