MÚSICA RUSSA DE CONCERTO

Produziu obras e nomes entre os mais importantes da cultura universal nos últimos duzentos anos

A Revolução Bolchevique de 1917 instaurou a União Soviética e transformou o Império Russo numa confederação de repúblicas socialistas. Atrás da “cortina de ferro” a União Soviética adotou o realismo socialista como estética oficial influenciando todas as gerações de músicos do século XX.  

Quem são estes músicos? Como é a música na Rússia? No que diz respeito à música folclórica há um som bem distinto de um instrumento de cordas com sonoridade bem peculiar, “a Balalaica”.   KalinkaKatiushaPoliushka Poliê e Suliko são algumas das  canções que compõem o repertório tradicional.

Balalaica

Já a musica de concerto produziu obras e nomes entre os mais importantes da cultura universal nos últimos duzentos anos. Os balés de Tchaikovsky, o afamado “grupo dos cinco” formado por Balakirey, Mussorgsky, César Cui, Kosakoy e Borodin, que influenciaram e formaram uma geração de sucessores representados pelos músicos: Stravinski, Prokofiev, Rachmaninov, Shostakovitch, Alyabyev, Glinka, Khachaturian, Scriabin e tantos outros.


Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)

A partir de consulta feita nas redes sociais sobre qual compositor russo falar no Papo Musical, o vencedor da enquete foi Alexander Nikolayevich Scriabin (1872 – 1915). O compositor e pianista russo iniciou com um estilo de composição tonal, inspirado na linguagem harmônica do afamado compositor polonês, da era romântica, Frédéric Chopin (1810 – 1849). Scriabin tinha apego ao passado e uma mente imaginativa que o transportava ao futuro.

Alexander Nikolayevich Scriabin (1872 – 1915)

O compositor russo desenvolveu, no decorrer de sua carreira, uma linguagem musical altamente  atonal que pode, atualmente, ser comparada com composições dodecafônicas e serialistas. É  considerado uma das figuras mais importantes da escola russa de composição do inicio do período moderno. Para o compositor austríaco, Arnold Schoenberg (1874 – 1951), criador do dodecafonismo,

Arnold Schoenberg (1874 – 1951)

“Scriabin é um dos mais originais, fascinantes, enigmáticos, revolucionários […] compositores do século”.

O compositor russo buscava incansavelmente uma linguagem própria emoldurada pelo período romântico, que se caracteriza pela valorização da individualidade dos artistas.  Seu catálogo de obras é prioritariamente composto por obras para piano solo, que inclui prelúdios, estudos, noturnos, valsas e mazurcas, entre outras formas musicais.  

A Grande Enciclopédia Soviética revela:

Nenhum compositor foi mais desprezado e ao mesmo tempo mais agraciado por amor…”.

Ouviremos o Estudo N.5 opus 42 de Alexander Scriabin interpretado pelo pianista russo Evgeny Kissin (1971).

Evgeny Kissin (1971)

Observe a identidade musical de Scriabin nesse estudo. Contrapondo com o seu misticismo há um pensamento bastante racional no que se refere à construção musical – geométrica e harmoniosa como a matemática. Scriabin é “Patologicamente Megalomaníaco”, e, ainda assim, extraordinário.

*Depois, deixe seu comentário e vamos papear também nas Redes sociais!

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