um filme sobre mulheres silenciadas na música

Por indicação de amigos, assisti recentemente, mais um filme que trata de música de concerto.
Essa semana falaremos de um filme emocionante – “Antônia, Uma Sinfonia”.
O longa narra a vida de uma mulher que nasceu na época errada: Antônia Brico (1902-1989) entrou para a história como a primeira mulher a reger, com sucesso, uma grande orquestra, como a filarmônica de Berlim e a de Nova York, isto na década de 1930.
O filme, “Antônia, Uma Sinfonia”, brilhante na narrativa da história de mulheres silenciadas e segregadas, com produção belgo-holandesa, está atualmente disponível na NETFLIX, e, se passa entre as cidades de Amsterdã, Berlim e Nova York.

Christianne de Bruijin (1986) como wIlly
A jovem pobre holandesa, migrante nos Estados Unidos na década de 1920, tem um sonho dito impossível: se tornar uma regente. Imersa em um mundo dirigido e vivido por homens, Willy aprendeu cedo a tocar piano, mas o que ela realmente almeja é estar a frente de uma orquestra.

Nada é fácil para Willy. Ela encontrará diversos empecilhos na sua jornada para se tornar quem nasceu para ser.

No caminho, ela conhece o belo e rico Frank Thomsen vivido pelo ator britânico Benjamin Wainwright com quem vive uma história de amor renunciado pela busca de realizar seu sonho profissional.

E um grande amigo, Robin Jones, vivido pelo artista transgênero, o americano Scott Turner Schofield.

A verdadeira Antonia Louisa Brico (1902 – 1989) nasceu na Holanda e migrou para a Califórnia (EUA) com seus pais adotivos e tentou com muita bravura colocar seu nome na história.

“Antônia, Uma Sinfonia” foi baseada em documentário sobre a vida da regente intitulado “Antônia: A Portrait of a Woman” realizado por Jill Godmilow (1943), com a ajuda da antiga aluna de Antônia, Judy Collins lançado em 1974.
A verdadeira Antônia morreu em 1989 aos oitenta e sete anos vítima de doença prolongada. Ela viveu na casa de repouso Bella Vita Towers, em Denver até 1988.
Ainda hoje, há poucas mulheres no universo da regência. Felizmente a história está começando a mudar.
Atualmente a diretora musical da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) é uma mulher, a nova-iorquina Marin Alsop (1956). E, uma nova geração de regentes brasileiras também está se formando e surgindo no cenário musical.

Ouviremos o quarto movimento (PRESTO) da Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven (17770 – 1827) com a Orquestra sinfônica do Estado de São Paulo com a participação do coro acadêmico da Osesp e Coro da Osesp sob a regência de Marin Alsop; e os solistas Lauren Snouffer, Denise de Freitas, John Mark Ainsley e Paulo Szot.
Observe! A nona sinfonia é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música chamada “romântica” e uma das grandes obras-primas de Beethoven. Aproveite!
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Um! Respeito A mulher, e Parabenizar Por suas Composições, Musicais.
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Belo comentário, Profa. Giovanna Carneiro! Só não concordo que ela tenha nascido em época errada. Ela nasceu numa época onde eram necessários a luta e o grito de “excluídos”, sobretudo as Mulheres em relação ao mercado de trabalho.
Abço fraternal!
Xexéu
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A luta continua. Ja avançamos muito mas, a luta não acabou. Grande abraço amigo Xexeu!
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