um sucesso tardio para Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)

Entre tantas tradições natalinas realizadas pelo mundo, uma delas é a encenação do balé “Quebra Nozes”.
O balé em dois atos é baseado em uma tradução francesa, feita por Alexandre Dumas (1802-1870) do conto “O Quebra Nozes e o Rei dos Camundongos”, do alemão E. T. A. Hoffmann (1776 – 1822).

E. T. A. Hoffmann (1776 – 1822).
A História escrita originalmente em 1844 foi transformada em balé por Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) quase 50 anos depois.

“O Quebra Nozes” conta a fantasia de Clara, uma menina que na noite de Natal ganha muitos presentes, mas se encanta especialmente por um deles – um boneco quebra-nozes. Quando todos vão dormir, Clara vai à sala para brincar com seu novo presente, adormece e entra em um universo onde os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, transportando-os para O Reino das Neves e Reino dos Doces. Lá, Clara e seu príncipe são homenageados com danças típicas de vários países.

Teatro Bolshoi, 1973
A coreografia é de Marius Petipa (1818 -1910) e Lev Ivanov (1834 – 1901). Marius Petipa era o autor inicial do projeto coreográfico, adoecendo, passou a missão para o seu fiel assistente Lev Ivanov que conseguiu seguir rigorosamente as regras do mestre.

Na estreia russa, os papeis foram interpretados por alunos da escola teatral dos Teatros Imperiais. Todos os artistas receberam uma cesta de chocolates de Tchaikovsky, e o balé iniciou uma nova tradição, a de se usar dançarinos infantis no palco.

Quando o balé estreou em 18 de dezembro de 1892, no Teatro Mariinsky de São Petersburgo, os russos, tanto críticos especializados como o público em geral, não gostaram do que viram. O autor da música P. Tchaikovsky ficou frustrado, morrendo menos de um ano após a estreia, e não vivenciando o sucesso em que sua obra se transformou no século 20.

A reviravolta ocorreu após o balé ser remontado nos EUA, em 1944. A partir desta data, o “Quebra Nozes” tornou-se tradição na época do Natal. Companhias do mundo todo apresentavam versões do balé de Tchaikovsky até o fim de 2019.

Felizmente, depois do silencio ocasionado pela pandemia, o tradicional balé voltou aos palcos, incluindo récitas montadas no Brasil.
Assistiremos um solo do Balé “Quebra Nozes” com a primeira bailarina do Ballet Bolshoi, Nina Kaptsova (1978) com a dança da Fada Açucarada.

Observe! A música de Tchaikovsky expressa à magia de uma fada com uma melodia rica e inovadora. O compositor russo levou, em segredo, uma celesta de Paris até a Rússia e tocou para o público na estreia. A celesta, instrumento musical inovador para a época, é semelhante a um piano, mas tem placas metálicas ao invés de cordas.

*Depois, deixe seu comentário e vamos papear também nas Redes sociais!
Linda a dança da Fada Açúcarada, a perfeição da bailarina em sua execução enche os olhos.👏👏👏👏👏
CurtirCurtido por 1 pessoa