Obras do compositor polonês são recorrentes em trilhas sonoras de desenhos animados e conhecidas por grande público

Nestes tempos de reclusão, nada melhor do que buscar programas em família. Que tal ouvir Chopin ao assistir Pica-Pau? A obra do compositor polonês Frédéric Chopin é recorrente em trilhas sonoras para as aventuras de desenhos animados como Tom e Jerry e Pica-Pau.
Frédéric Chopin (1810 – 1849) começou a estudar música com apenas 4 anos. Ele demonstrou de imediato o grande talento musical. Iniciou a carreira de concertista ainda jovem, deixando a Polônia em um momento de instabilidade política.
Nessa época, milhares de pessoas foram exiladas e outras proibidas de voltar à pátria. As cartas que enviava à família não eram respondidas e, diante da situação, o músico, aos 21 anos, resolveu partir para Paris. Levou na bagagem composições e um amor inabalável por sua terra natal.
A caminho da França, Chopin passa pela Alemanha, onde encontra o compositor Robert Schumann (1810 – 1856). Contam que na primeira vez que visitou a residência do compositor ele não estava em casa. A esposa, Clara Schumann (1819 – 1896), o recebeu. Ela não falava francês, Chopin não falava alemão.
Diz a história que ele se sentou ao piano e tocou algumas de suas composições. Clara fez o mesmo com as músicas do marido. Se isto é lenda ou fato real, não sabemos. O que pode ser comprovado é a opinião de Schumann sobre Chopin registrada em artigo da Nova Gazeta Musical publicado na Alemanha: “Tirem os chapéus, senhores, um gênio”.
Em Paris, ele encontra rapidamente a fama e o sucesso. Chopin era um rapaz fino, elegante, gentil, possuindo assim todos os predicados para ser aceito na sociedade francesa. Foi logo adotado pela elite culta parisiense, requisitado como concertista e como professor.
Dar aulas para os jovens da sociedade fez com que conseguisse razoável conforto material nos primeiros anos parisienses. Levava uma vida sofisticada, em meio aos salões da aristocracia e às salas de concerto que começavam a aparecer. Conheceu músicos consagrados, como Rossini (1792– 1868) e outros de sua geração, como Mendelssohn (1809 – 1847), Berlioz (1803 – 1869) e o dileto amigo Liszt (1811 – 1886).
Infelizmente, sua saúde piorava dia a dia. Uma de suas irmãs já havia morrido de tuberculose, doença que também o vitimou e, em 17 de outubro de 1849, a “mal do século” o matou. No enterro, a seu pedido, o coração foi enviado para Varsóvia e o corpo enterrado em Paris e o caixão coberto por terra polonesa.
Vamos relembrar a infância ouvindo o compositor. Em 1947, o Estúdio de Walter Lantz fez uma homenagem à Frédéric Chopin com as obras: Heroic Polonaise em lá bemol maior, Opus 53; Fantasie Impromptu em do sustenido menor, Opus 66; Écossaise em ré maior, No. 2, Opus 72; Mazurka em si bemol maior, No. 1, Opus 7 e Scherzo si bemol maior, No. 2, Opus 31.
Observe bem, com certeza você conhece muitas destas obras para piano do compositor polonês.
Boa audição!
*Depois, deixe seu comentário e vamos papear também nas redes sociais!
Muito bom! Usar as obras em desenhos é incrível! É um ótima maneira de apresentar obras complexas como as de Chopin para as crianças, por exemplo! Ainda mais com essa sincronização dos acontecimentos visuais com a música.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Bom que gostou. E das outras postagens, o que tem achado? Quero saber sua opinião. Beijo.
CurtirCurtir
O filósofo alemão Schopenhauer comentou que “a música fala num nível tão profundo ao ponto do linguajar humano não alcanca-la”, no entanto, melhor é sentir e “viajar” com a música clássica que tentar “engaiola-la” com palavras limitantes e limitadas, não é?! Ótima a homenagem do estúdio Walter Lantz à Chopin, e mais ainda o tributo a ele prestado pela Gyovana Carneiro, dar vez às composições imortais que, são imortais por causa dessas almas líricas que espalham as sementes musicais.
CurtirCurtido por 1 pessoa